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domingo, 27 de março de 2016

Coelhinho Da Páscoa O Que Trazes Pra Mim?!...

A Páscoa é uma festa religiosa e um feriado que celebram a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois de sua crucificação.  É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências. A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica pela data e também por muitos dos seus simbolismos centrais. 
Diferente das igrejas católicas e batistas, para as religiões de matrizes africanas, como a Umbanda, o Candomblé e a Quimbanda, a data não é confraternizada da mesma forma. É um momento de celebração da vida, da existência do ser humano e de fazer o bem, como em todos os outros dias.
A doutrina ou religião espírita também não reconhece a Páscoa em sua filosofia. Os espíritas vêem a Sexta-Feira Santa como um dia qualquer, em que realizam suas atividades normalmente, como também não cultuam qualquer outro dia considerado santo no Brasil. Isso porque a rotina doutrinária considera e sempre aborda o Deus vivo descrucificado.
Os fiéis das religiões afro-brasileiras praticam o jejum em dias de trabalhos espirituais e não limitam a prática somente ao período da Quaresma. Há muito as religiões de matriz africana romperam com as tradições do catolicismo no Brasil. Um fato ostensivo deste dessincretismo religioso é o rompimento definitivo de muitos terreiros do culto aos orixás (candomblé) em seus calendários religiosos com o chamado LOROGUM (rito em que os orixás se despedem dos adeptos e neófitos como se partissem para a África, retornando somente no sábado de aleluia). Enquanto católicos e cristãos celebram o período pascal, o Candomblé busca um maior contato com Olorum (Deus) munido da certeza de que no plano terrestre a missão dos humanos é fazer o bem.
Quanto a tradição sobre os Ovos de Páscoa, antigamente eram ovos de galinha tingidos especialmente decorados e trocados como presentes para celebrar o feriado da Páscoa. Mas o costume moderno consiste em trocar ovos de chocolate.
Já o Coelho da Páscoa é fruto de histórias da antiguidade. No Antigo Egito o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos consideravam o coelho como o símbolo da Lua, portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. O certo é que os coelhos são reconhecidos historicamente por sua capacidade de reprodução, e geram grandes ninhadas, e a Páscoa marca a ressurreição, vida nova, tanto entre os judeus quanto entre os cristãos.
Existe também a lenda, de que uma mulher pobre coloriu alguns ovos de galinha e os escondeu para dá-los a seus filhos, como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram os ovos, um coelho passou correndo. Espalhou-se, então, a história de que o coelho é que havia trazido os ovos. Fato é que o Coelho da Páscoa é um popular personagem lendário que distribui presentes, análogo ao Papai Noel em muitas culturas. Uma tradição ocidental de origem não religiosa, o Coelho da Páscoa, assim como o Papai Noel, representa a tradição de trocar presentes em datas festivas. Para algumas denominações, é o retrato da secularização e comercialização da festa da Páscoa. Enfim, comungo da mesma opinião de meu pai, Ubirajara Sardinha
"Somos muitos sendo um só!. De maneira variada, as religiões ou seitas encontram a forma própria de exercitar sua crença. É possível, entretanto, perceber elementos comuns a todas elas.”
Independente de religião que os povos e famílias se unam para confraternizar e trocar bons augúrios. Desejamos a todos nossos leitores dias melhores, saúde, prosperidade, amor ao próximo e Uma Boa Páscoa!
Com esse pensamento deixo aqui pra vocês como presente de Páscoa, fotos que eu tirei de uma pequena África que existe incrustada bem no Centro da nossa cidade do Rio de Janeiro, que é tão pouco explorada por nós, seja por falta de tempo ou por puro desconhecimento: Jardins do Valongo. Passeio gratuito de uma beleza exuberante e histórica.




segunda-feira, 14 de março de 2016

Vida Longa ao Prêmio Machine!

José Carlos Farias Caetano (Machine)
Sexta-feira, 11 de março de 2016, a cidade do Rio de Janeiro ganhou mais uma premiação extra-oficial do Carnaval Carioca. A Equipe Machine, liderada por seu criador, José Carlos Farias Caetano (Machine), conhecido também como o Síndico da Passarela do Samba promoveu a 1ª Edição do Prêmio Machine – Bastidores do Carnaval Carioca, na quadra da G.R.E.S.Estácio de Sá, no bairro da zona central do Rio de mesmo nome. 

A intenção de Machine em premiar os profissionais técnicos do carnaval carioca foi muito bem recebida pela categoria, muitos o elogiaram de forma contundente e afirmaram que este é o real prêmio de bastidores do carnaval. Nosso produtor cultural, Paulo César Alcântara, conversou com alguns convidados e os comentários de agradecimentos e elogios se repetiam entre eles.

Carlinhos Salgueiro: “Machine conhece todos nós, cumprimenta e chama a todos pelo
Tia Nilda e Machine
nome, sabe o que cada um de nós fazemos e de onde somos isso lhe dá credibilidade para realizar esse evento”.

Tia Nilda (baiana) da Mocidade: “Machine é paixão nacional, é parceiro, tem conhecimento e por isso está onde está compartilhando felicidade a quem ama e distribuindo valores a quem realmente tem amor ao rito e não a quem está aqui por dinheiro ou visibilidade. Muito boa iniciativa, aqui fomos reconhecidos e não barrados como em outros eventos feitos apenas para um público seleto”.

Soca: “Machine não caiu de pára-quedas no carnaval, ele faz isso muito antes de muitos outros que distribuem prêmios para os coleguinhas, ele não se vende, ele aponta e indica quem realmente merece e ponto final, acho digna essa homenagem e incentivarei no que eu puder. Parabéns a esse homem que merece tudo isso e muito mais”.


Carlinhos Salgueiro e seus Passistas
José Bonifácio: “Estou emocionado e sem acreditar ainda, a ficha ainda não caiu, finalmente decidiram olhar para todos nós que aqui estamos e não temos visibilidade e muitos desconhecem nosso trabalho, mas tenho muito a agradecer tamanho reconhecimento e honrado em ser o pioneiro a ganhar esse premio em minha categoria”

Nilce Fran: “O profissional seja ele qual for precisa ser reconhecido e motivado a permanecer criando, independente da agremiação, estamos todos aqui hoje felizes e testemunhando colegas que há anos estão no carnaval e nunca se quer souberam o seu nome, só Machine conseguiria realmente enxergá-los.”

Bira Dance: “Honrado pelo reconhecimento e agradecido por mais um profissional técnico
Bira Dance
reconhecendo outro. Só quem põe a mão na massa sabe de fato os processos para construção desse espetáculo, passando por todas as etapas para colocar uma escola na avenida. Assim como ele, eu sou sambista, não estou no samba. Essa é a diferença, tenho 40 anos só de carnaval já vi muitos passarem e só ficaram os que realmente amam o carnaval.”

Aliás, o Bira tem uma história de vida de fazer qualquer jornalista enlouquecer, é um farto material para uma boa matéria, em breve abriremos esse baú de tesouro para vocês, aguardem!!! (Risos)
Além da premiação José Carlos comemorou seus 60 anos de idade com todos os convidados e amigos, com direito a ‘Parabéns pra Voce’ cantado pelo intérprete Bruno Ribas. Foi uma noite de encontros, reencontros, carinho, respeito e alegria. Parabéns ao Machine e sua equipe, mesmo se tratando de sua primeira edição do prêmio o resultado foi satisfatório para todos os envolvidos, e que nós do E aí?! possamos vir a contar para os nossos leitores como foi a festa de premiação de 2017, 18, 19...  



sexta-feira, 4 de março de 2016

Começando de Novo!

Na década de 90 a palavra de ordem era ‘Reengenharia’ - era um sistema administrativo utilizado pelas organizações para se manterem competitivas no mercado e alcançarem as suas metas, reformulando o seu modo de fazer negócios, suas atividades e tarefas e/ou processos. Hoje a palavra é ‘Reinventar’ ou ‘Readaptar’, não é uma tarefa fácil, precisa de coragem e muita disposição e foi isso que uma amiga e o marido resolveram fazer, quer dizer, se viram obrigados a fazer.
Sônia Condessa, 49 anos, formada em Economia; atuou por +/- 10 anos como Inspetora de Pintura Qualificada na Indústria Naval; condição trabalhista dos últimos 02 anos – DESEMPREGADA.
Márcio Fernandes, 51 anos, atuou por +/- 20 anos no mercado de trabalho como Gerente
Márcio Fernandes e Sônia Condessa
de Compras de uma grande empresa do ramo de confecção (considerada a maior do Brasil e uma das 10 maiores no mundo), desligado do ramo de confecção foi para uma empresa no ramo da pintura industrial e jateamento, desenvolvendo a mesma função ganhava metade do salário anterior, permaneceu por 02 anos; condição trabalhista dos últimos 08 meses – DESEMPREGADO.
Calma, essa não é uma história triste, digamos que é uma história de... superação... NÃÃÃOOO!!! (risos). Não agüento mais essa palavra, em todos os programas de TV, lá está a tal ‘SUPERAÇÃO’. Essa é uma história real de brasileiros normais que sobrevivem em uma sociedade surreal.
Sônia e Márcio se conheceram em um baile de carnaval há mais de 20 anos (quem disse que amor de carnaval não dura?), tiveram duas lindas filhas, uma mora e estuda em Goiânia/GO, e a caçula ainda mora com os pais e teve que se readaptar também à nova condição financeira.
Com o quadro de desemprego estampado na sala de estar da família, começaram as ideias de como atravessar essa tsunami (me lembro de alguém em um passado não muito distante dizendo em rede nacional, que era só uma marolinha, é isso mesmo produção?). Enfim, continuando...
As sugestões vieram recheadas de um humor provinciano tão legal, que prefiro contá-las no formato diálogo:

Márcio: - Vamos vender sacolé?! Se conseguirmos ganhar uns R$ 500 no mês, já dá pra pagar uma conta de luz.Sônia: - Voce tem noção da quantidade de sacolés que teremos que vender para alcançarmos a marca de R$ 500 ao mês????Márcio: - Então o que voce acha de montarmos um Lava-jato?Sônia: - Ah! Perfeito! Num lugar que cai água uma vez na semana, já tô até vendo o tamanho do lucro mensal.

Gargalhadas a parte, foram muitas ideias até chegarem ao “Xis do Gaúcho”. Gaúcho porque Márcio é de Santa Cruz do Sul, município que fica a 150 km de Porto Alegre/RS, e é do sul esta iguaria tão peculiar. Trata-se de um sanduíche, chamado "Xis", por referência muito distante ao famoso cheeseburger. A receita para fazer Xis foi até hoje totalmente oral, transmitida somente de xiseiro para xiseiro. O xis gaúcho tradicional tem pouquíssimas opções, todos os sabores têm 90% dos ingredientes idênticos, o que muda (e dá o nome ao xis) é somente o tipo de carne, o pão para este sanduíche deve ser MUITO grande, um pão pequeno não conseguiria segurar todos os ingredientes.
E assim, a Vascaína e o torcedor do Internacional começaram seu novo e primeiro negócio (uma paixão compartilhada pelo casal: Futebol). Inicialmente ficou estabelecido que fosse
apenas delivery e com uma meta de vender 50 sanduíches por semana, logo, 200 ao mês. Dispondo de uma pequena chapa e muita disposição, o casal montou em sua residência uma verdadeira fábrica de produção de Xis, a distribuição de tarefas ficou assim: 
Maria (Irmã de Sônia) – na cozinha auxiliando nos cortes de temperos, como tomates, cebolas, alfaces etc; Samanta – montagem inicial do sanduíche; Sônia – chapa; Márcio – embalagem e entrega do sanduíche.
Hoje, após 07 meses (apenas) de trabalhos iniciados são vendidos aproximadamente 350 sanduíches por semana, o que equivalem a +/- 1.400 Xis por mês, além disso, a equipe que antes era formada por apenas 04 pessoas, hoje contam com 10 pessoas, e muito em breve precisarão de mais, porque agora além do delivery estão também atendendo no local, mais precisamente na varanda da casa.
Obviamente que fui comprovar (e provar) isto bem de perto. Pra começar voce é apresentado a um pão de 20 cm de diâmetro, depois escolhe o sabor: Frango, Calabresa, Carne, Filé ou Coração, qualquer um têm 200gr de peso. Este big-gigante sanduíche prensado ainda vem com vários acompanhamentos opcionais: Maionese (a melhor que já comi na minha vida, receita super-mega-ultra secreta da Sônia), Catchup, Mostarda, Tomate, Alface, Queijo, Ovo, Milho e Ervilha. Aí é só alegria!!! (risos).



Viu, não disse que não era uma história triste?! Eu diria que é uma história de recomeço. O casal que descrevi nunca tinham se imaginado fora do padrão financeiro confortável que mantinham, se viram obrigados a reavaliar suas vidas e pré conceitos estabelecidos por
uma sociedade que inferioriza qualquer trabalho digno, mas sem um status sócio-econômico pré-definido.
A verdade é que não tá fácil pra ninguém! Divagando ou não, só sei que vale a pena tentar, tentar, tentar... E conseguir. Se for comendo um Xis do Gaúcho melhor ainda, como dizia minha mãe: O pensamento flui melhor de estômago cheio!



Ficou com água na boca e quer experimentar um Xis? Eles atendem de 4ª a Domingo – das 19 as 00 h. - Rua Nabuco de Araújo, 590 - Parque Duque - DUQUE DE CAXIAS/RJ.
Tels.: 21 – 2672-0426 / 97671-1141 / https://www.facebook.com/xisdogauchocaxias/?fref=ts